O Poder do Product Thinking

É fácil, no processo de desenvolvimento de um produto, focar demais na entrega de funcionalidades para aumentar o encantamento do usuário, mas funcionalidades são só um pequeno aspecto do que forma a experiência do usuário. O Product Thinking visa ajudá-lo a focar sua energia no cerne da proposta de valor de seu produto.

Não é que as funcionalidades não são importantes, mas elas são, em geral, secundárias em relação a razão pela qual o usuário adquiriu o produto. A razão é simples: o usuário adquire o produto para resolver um problema real para ele.

Pense em termos de produtos, não funcionalidades

Um produto tem uma experiência central do usuário, que é basicamente a razão de sua existência: ele satisfaz uma necessidade ou resolve um problema/dor das pessoas. Se o problema não existe ou a solução não é adequada, o produto perde significado e as pessoas o abandonam. As soluções podem ser ajustadas, mas os problemas não.

Um produto se torna relevante quando sua solução casa com o problema alvo. Portanto, esse casamento problema-solução é o que define o cerne da experiência do usuário com seu produto. As funcionalidades concretas estendem e suportam essa experiência central, mas não podem substituí-la.

Funcionalidades não existem sem produto.

O que o product thinking faz é dar uma visão global mais clara (a experiência do usuário completa) alinhando, com isso, o processo de desenvolvimento do produto. Ele reconecta coisas como elementos visuais, função do produto e interface do usuário, e certifica que o processo de desenvolvimento tem propósito e ataca problemas legítimos do usuário. É importante que cada passo no processo de desenvolvimento da experiência do usuário tenha um propósito.

Product Thinking facilita o desenvolvimento de funcionalidades

Product thinking feito do jeito certo cria uma efeito dominó: uma vez que você sabe por que está criando um produto, você será capaz de definir seu público alvo identificando quem tem o problema que você se propõe a resolver. E finalmente, você terá o que é necessário para criar as funcionalidades corretas e terá um objetivo (a solução do problema) que pode ser usado para medir o sucesso das funcionalidades incluídas no seu produto.

No caminhar do desenvolvimento do produto, deve-se ser capaz de responder as seguintes questões primeiro:

  1. Qual problema estamos resolvendo? (Dor).
  2. Para quem estamos fazendo isso? (Público alvo).
  3. Por que estamos fazendo isso? (Visão).
  4. Como faremos isso? (Estratégia)
  5. E o que queremos alcançar? (Objetivos).

E só então faz sentido começar a pensar no que exatamente iremos fazer (funcionalidades).

Pensando em produtos, se ganha a vantagem de criar as funcionalidades certas para as pessoas certas. Isso também ajuda a entender a experiência do usuário com o produto como um todo, não puramente como o desenvolvimento de funcionalidades visuais e de interação. Finalmente, permite atacar problemas de usuários reais, reduzindo o risco de criar algo que ninguém quer.

Encontrar o problema real as vezes é difícil. A melhor forma para iniciar a busca é falando com os usuários potenciais, sempre tendo em mente que o usuário pode não ser capaz de articular muito bem seus problemas então pode ser necessário ir mais a fundo e fazer observações da vida real além de só conversar com usuários.

É importante lembrar que enquanto com design de UI/UX pode-se criar coisas belas, isso é um desperdício se o produto for inútil.


Fonte 1
Fonte 2
Fonte 3

marcelo

Marcelo Ferreira

Co-fundador da TrincaTech desenvolvimento, é um engenheiro de software que admira a elegância da simplicidade e acredita num mundo melhor e mais tech.

Leia mais